Orquestra Metropolitana de Lisboa – A Canção da Terra
A Canção da Terra tem um formato híbrido, algures achado entre a sinfonia e o ciclo de canções. Foi composta há pouco mais de um século, altura em que se vivia na Europa uma mudança profunda de paradigmas, também nos universos intelectual e artístico. Gustav Mahler mantinha o vínculo com o passado, mas buscava alternativas. Sobrepôs ostensivamente alusões dispersas, conotadas com a natureza, com a poesia, com a filosofia, com a vida pessoal, com tradições populares e até mesmo com exotismos emprestados de culturas distantes. Juntou o canto lírico e a orquestra num exercício de erudição com tremenda densidade expressiva. Antes disso, temos a oportunidade de deambular pelas texturas tímbricas de Tua lágrima em mim, uma composição de Ana Seara datada de 2009 que, com passos firmes, tem vindo a tornar-se repertório recorrente nas salas de concerto.
Orquestra Metropolitana de Lisboa – A Canção da Terra – CCB