Os Lusíadas como nunca os ouviu

falação integral da obra de Luís de Camões
por António Fonseca

Os Lusíadas são uma súmula do saber que resistiu ao tempo e que continua a resistir: os factos são históricos ou poético/históricos, mas as suas profundas motivações são de todos os tempos. A precisão, a agudeza e, às vezes, a crueza com que Camões as formula podem deixar-nos o resto da vida a meditar. É também esse o papel da arte. Por isso, este ano, a celebração do Dia Mundial do Teatro, 27 de março, começa 14 horas antes. António Fonseca estará de regresso ao D. Maria II para uma incursão pelo clássico de Camões, que começará às 10h de dia 26 e terminará à meia-noite. O Dia Mundial do Teatro será assim celebrado desde o seu primeiro segundo.

Nesta epopeia, através da qual nos guiará a memória de António Fonseca, é contada uma grande história da vida, uma metáfora da nossa condição de seres históricos, em qualquer sítio, em qualquer contexto cultural, em qualquer tempo: um punhado de homens que se lançam no espaço desconhecido por razões absolutamente contraditórias. Pode imaginar-se: por ambição, por desespero, por aventura, por convicção, por necessidade, por inconsciência… Atualizar essas motivações de viver que são ainda, apesar de tudo, as nossas, através da arte maior da poesia de Camões é a proposta para entrar no Dia Mundial do Teatro com o pensamento liberto da efemeridade do presente.