O laboratório das línguas
A língua facilita a comunicação entre as pessoas e entre as culturas. Atualmente existem cerca de 7.000 línguas em todo o mundo, que se tornam cada vez mais próximas com a ajuda da tecnologia. Como será a aprendizagem de línguas nos próximos anos e nas próximas décadas? Qual o potencial das neurociências? Ainda será necessário aprender línguas estrangeiras, ou irão as ferramentas digitais assumir totalmente a comunicação no futuro? Que oportunidades surgem com as novas tecnologias, e que desafios iremos ter de enfrentar?
No dia 27 de abril, a partir das 19h00, Michaela Sambanis e Anita Gröger vão estar à conversa sobre o futuro da aprendizagem das línguas, no âmbito do ciclo “O Futuro do Conhecimento”. Moderação de Ana Margarida Abrantes.
OS PARTICIPANTES
Michaela Sambanis dirige a Cátedra de Didática de Inglês na Universidade de Berlim. No seu trabalho, ela combina neurociência com didática e ciência com prática. Como (co-)iniciadora das duas séries de conferências neuroDidactX – Talking Future Education (desde 2021) e Focus on Evidence (desde 2015), Michaela Sambanis contribui para a transferência das descobertas neurocientíficas para a didática e a prática do ensino e aprendizagem de línguas e promove o intercâmbio entre ciência e prática.
Anita Gröger é doutourada em Estudos Alemães e trabalha como professora de Alemão como Língua Estrangeira. Trabalhou nas universidades de Freiburg (Alemanha), Halifax (Canadá) e Génova (Itália) e atualmente é docente nas universidades de Turim e Aosta (Itália). Os seus interesses de investigação residem nos campos da literatura, didática da literatura e didática da língua. As suas contribuições para a revista Scuola e Didattica, assim como a série de livros Lektürehefte der deutscher Sprache (Liberty-Verlag) são dedicados à didática das línguas estrangeiras. É também ativa no campo da educação e formação contínua, conduz regularmente workshops para alunos e professores para o Goethe-Institut Itália, e é formadora do programa de educação contínua Deutsch Lehrern Lernen desde janeiro de 2023.
Ana Margarida Abrantes estudou alemão e inglês nas Universidades de Aveiro, Essen e Innsbruck. Concluiu o mestrado em linguística cognitiva em 2001 e obteve o doutoramento em língua e literatura alemãs pela Universidade Católica Portuguesa em 2008. Como bolseira pós-doutorada, foi investigadora visitante no Departamento de Ciência Cognitiva da Case Western Reserve University (EUA) entre 2007 e 2009. Atualmente é investigadora sénior no Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica em Lisboa e professora de Linguística na mesma universidade. Os seus interesses de investigação incluem estudos literários cognitivos, semiótica cognitiva, estudos de cultura cognitiva e língua e literatura alemã.
SOBRE O CICLO “O FUTURO DO CONHECIMENTO”
As conquistas da era digital tornaram o acesso à informação mais fácil. Os smartphones permitem chegar a informações até aqui geográfica e financeiramente inacessíveis, colocando o mundo nas nossas mãos. Na nuvem estão guardadas quantidades inconcebíveis de dados que superam, em muito, a capacidade de armazenamento de qualquer arquivo criado pelo ser humano.
E no entanto, as convulsões da “revolução digital” permitiram confirmar que o acesso ilimitado à informação não é sinónimo de conhecimento adquirido e memorizado. É verdade que o espaço digital como fonte omnipresente de conhecimento oferece um potencial quase inesgotável, mas como iremos utilizá-lo no futuro? Como vamos aprender, como vamos recordar?
No ciclo O futuro do conhecimento, o Goethe-Institut, em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa, aborda o futuro do conhecimento e da aprendizagem de diferentes perspetivas: a leitura na era digital, o futuro da aprendizagem de línguas, as formas digitais e analógicas de memória e o papel dos robôs no processo de aprendizagem humana.
O laboratório das línguas
