
Festa do Jazz 2025 no CCB: estreias nacionais, discos novos e talentos emergentes na 23.ª edição
Festa do Jazz 2025 no CCB: estreias nacionais, discos novos e talentos emergentes na 23.ª edição 🎷✨
A Festa do Jazz regressa ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para a sua 23.ª edição, entre os dias 19 e 21 de dezembro de 2025. Durante três dias, o festival promovido pela Sons da Lusofonia reúne músicos, agentes, escolas de jazz e o público num grande encontro nacional, marcado por estreias em palco, primeiras apresentações discográficas e projetos inéditos que refletem a vitalidade do jazz português.
📅 19 a 21 de dezembro de 2025
📍 Centro Cultural de Belém, Lisboa
🎟️ Bilhetes já disponíveis na BOL
🆓 Encontro Nacional de Escolas: entrada livre
A edição deste ano abre com um momento simbólico: João Barradas e Sara Serpa Quarteto, dois dos mais internacionais músicos portugueses e antigos vencedores do Encontro Nacional de Escolas, sobem ao palco com uma estreia absoluta. Barradas, acordeonista de referência no panorama europeu, e Serpa, reconhecida mestra da voz e residente em Nova Iorque desde 2008, celebram o papel formador do ENE, quase duas décadas após receberem a distinção que marcou o início das suas carreiras.
O segundo dia arranca com a Jazzopa, oficina colaborativa que cruza jazz, hip-hop e spoken word, numa derradeira apresentação de 2025. Segue-se a estreia do disco “Troubles”, do Mateus Saldanha Quartet, inspirado nas raízes do jazz tradicional, acompanhado por Hugo Lobo, Carlos Barreto e Gabriel Moraes.
À noite, o compositor francês Robinson Khoury apresenta o trio MŸA, um projeto electroacústico que funde ritmos mediterrânicos, escalas árabes e improvisação. A mesma noite encerra com um nome lendário: Brian Jackson, parceiro de Gil Scott-Heron e pioneiro da “conscious music”, regressa a Lisboa para um concerto especial no Pequeno Auditório, acompanhado por músicos da comunidade Sons da Lusofonia.
No último dia, o festival abre com Analogik, quarteto formado por Zé Almeida, Mariana Dionísio, Adèle Viret e Samuel Ber, que explora o contraponto e a abstração rítmica. A tarde traz a estreia nacional das alemãs Hilde, que combinam improvisação livre com tradições europeias, num espetáculo de invenção sonora única.
A noite final destaca o talento português: o contrabaixista André Carvalho apresenta pela primeira vez em Lisboa o disco “Of Fragility and Impermanence”, uma parceria com o Guimarães Jazz, ao lado de José Soares, Raquel Reis, Samuel Gapp e João Hasselberg. A Ensemble Festa do Jazz, dirigida este ano pela percussionista Sofia Borges, encerra a edição com um conjunto de módulos sonoros que exploram diferentes sistemas de notação, do gráfico ao verbal.
O Encontro Nacional de Escolas, que decorre nas tardes de sábado e domingo (14h00 – 17h30), reúne as principais escolas de jazz do país — do Hot Clube à ESMAE, passando pelo Conservatório da Madeira, Universidade de Évora, JAM e muitas outras. As atuações são avaliadas por um júri especializado que atribui prémios a combos e instrumentistas. A entrada é gratuita.
No domingo, às 11h00, realiza-se ainda a conversa Pontes Sonoras: Perspetivas internacionais sobre o Jazz em Portugal, que junta músicos estrangeiros radicados no país e portugueses com carreira internacional.
Uma edição rica, diversa e cheia de descobertas, que reforça a Festa do Jazz como um dos mais importantes encontros anuais da música improvisada em Portugal.
