Cirerot – Albert Cirera
No final de novembro de 2020, quando quase tudo estava fechado, tive a oportunidade de transmitir ao vivo um concerto em uma igreja, a Igreja do Espírito Santo, em Caldas de Rainha, Portugal, país onde sempre me sinto muito bem-vindo. O som da Igreja do Espírito Santo me pegou e me apaixonei. Eu havia encontrado o lugar certo para gravar meu segundo álbum solo. E assim fiz em maio de 2021, chamado ÂMAGO. Com meu sax soprano busco um encontro com meus ídolos admirados: E. Parker, S. Reich i J.S. Bach. A harmonia, a repetição e as linhas melódicas abstratas tecem um mantra hipnótico que me leva a uma dimensão externa. Com meu sax tenor exploro o universo multifônico, onde procuro e exploro com combinações de dedos estranhas e não convencionais; meu sax reage e revela novos sons, escondidos em si mesmo. Sons que transformam meu instrumento em um sintetizador modular, uma espécie de aparelho eletrônico. ÂMAGO são algumas dessas variações. No entanto, tocar ao vivo me permite trabalhar na exploração sonora e na constante transformação do instrumento. Outros gadgets, como copos de papelão, tubos plásticos e moedas serão adicionados para produzir uma escultura sonora em constante transformação. Uma exploração ao vivo para continuar evoluindo. Desaprender o que aprendi, tocar para buscar a melodia escondida dentro do caos onde me encontrei perdido, improvisar e finalmente parar o tempo.
Cirerot – Albert Cirera
