CAMUS-CASARÈS UNE GÉOGRAPHIE AMOUREUSE – T. M. JOAQUIM BENITE
Albert Camus, escritor e filósofo, e Maria Casarès, uma das maiores actrizes francesas da sua época, conhecem-se no dia 6 de Agosto de 1944, o dia em que os americanos desembarcaram na Normandia. Uma data que é um ponto de viragem importante na II Guerra Mundial e que foi amplamente celebrada nas ruas de Paris. Unidos por uma paixão súbita, separam-se uma primeira vez na sequência da chegada a Paris de Francine Faure, a mulher do escritor. Em Junho de 1948, cruzam-se de novo no Boulevard Saint-Germain. A partir desse dia, o destino de ambos fica definitivamente ligado. Não conseguem resistir ao amor que os une. Apesar das convenções, já nada os poderá separar. A correspondência ardente e apaixonada que trocam a partir dessa data, num total de oitocentas e sessenta e cinco cartas, só será interrompida com a morte súbita do escritor, num acidente de viação no Sul de França. Estas trocas epistolares, organizadas e publicadas já só em 2017 pela editora Gallimard — no que constituiu na altura um verdadeiro acontecimento editorial —, serviram de base para a construção deste espectáculo, para o qual foram selecionadas cento e setenta e duas cartas, sendo estas um testemunho de um amor indefectível, hoje mítico.
Sobre Camus-Casarès, uma geografia amorosa escreveu Fabienne Pascaud na revista Télérama, aquando da carreira da peça no Festival d`Avignon Off: “Os dois intérpretes reinventam e reencarnam de forma soberba as vozes e os corpos dos dois amantes que, sem caírem no sentimentalismo nem renunciarem à sua pulsão, souberam amar-se e respeitar-se até ao fim”.
FICHA ARTÍSTICA
Um espectáculo de Jean-Marie Galey e Teresa Ovídio | Encenação de Élisabeth Chailloux
Luzes Franck Thénevon
Som Thomas Gauder
Figurinos Corinne Chicheportiche
Movimento Sophie Mayer
Interpretação Jean Marie Galey, Teresa Ovídio
Espectáculo em francês, com legendas em português
PREÇOS
CAMUS-CASARÈS UNE GÉOGRAPHIE AMOUREUSE – T. M. JOAQUIM BENITE