A Sagração da Primavera – Dinis Machado
12 a 15 janeiro (dança) quinta a sábado 19h30 domingo 17h30 Sala Principal
Dinis Machado A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA Memórias ternas de um afeto Queer Os corpos de cinco performers queer atravessam-se entre si. Cuidam, desafiam e aprendem em conjunto. Carregam, dobram, abandonam, aquecem, perfuram, pesam-se sob diferentes sistemas de regras misteriosas. Dançam numa circularidade entre ação, descrição e reconstituição de movimento des outres, partilhando e reformulando esse circuito de movimento graças a mecanismos de ser idiossincráticos. Uma musicalidade emerge das metamorfoses desses corpos, ao invés de variações rítmicas. Seguem esse tempo com uma precisão que resiste à sensação e com uma intimidade estranha à autoridade. Esses corpos questionam ideias dominantes de liberdade como um território sem regras. Propõem antes liberdades várias através das formas específicas como se tocam e se deixam tocar. Nesta Sagração da Primavera, ninguém é eleite para o protagonismo e a beleza não é consumida orgasmicamente em direção à morte. Não se mata ninguém nem se tira a própria vida. Em vez disso, esta dança permanece coletiva, emancipando-se da necropolítica histórica onde se projetam de forma fetichista premonições trágicas sobre vidas queer.
Dinis Machado
DINIS MACHADO (ela) nasceu no Porto em 1987 e vive em Estocolmo desde 2012. Com formação em Dança e Artes Visuais, cruza essas duas áreas no seu trabalho artístico: onde o gesto concreto de construção plástica de objetos, espaços e corpos é trabalhado como material coreográfico. Numa perspetiva pós-somática, Machado propõe corpos mutantes que dançam não a partir da forma como são medicamente descritos, mas de como se concebem, se desejam, se imaginam e reivindicam para si próprios
Coreografia, figurinos, cenografia e luz Dinis Machado (ela) Trilha sonora original Odete (ela) Dançado em Lisboa por MC Coble (ile/ele), Ves Liberta (ela), Mia Meneses (ela), Ali Moini (ele) e Sumi Xiaomei Cheng (ile/ela) Criado em colaboração e estreado com MC Coble (ile/ele), Ves Liberta(ela), Mia Meneses (ela), Puta da Silva (ela) e Sepideh Khodarahmi (ile/ela) Produção BARCO / Dinis Machado em colaboração com Carol Goulart (ile/ele) Coprodução Teatro do Bairro Alto, Dansens Hus, Citemor / Teatro Académico Gil Vicente e MARC Criado em residência Teatro do Bairro Alto, DansInitiativet e MARC Projeto financiado por Kulturradet / Swedish Arts Council e Stockholmstad
In this Rite of Spring, nobody is elected to protagonism and beauty is not orgasmically consumed into death. No one is killed or takes their own life. Instead, this dance stays collectively protagonised by five queer dancers in an intimate space. It emancipates from the necropolitics of the historical fetishist projecting of tragic premonitions over queer lives.
12 eur Duração: 75 min. Classificação etária: a atribuir pela CCE