‘A música está na minha cabeça’ ❋ Rafaela Jacinto + Laboratório de Escrita Desviante e Workshop

𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 ‘𝐀 𝐦𝐮́𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐧𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐜̧𝐚’ ❋ 𝐑𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥𝐚 𝐉𝐚𝐜𝐢𝐧𝐭𝐨 + ‘𝐋𝐚𝐛𝐨𝐫𝐚𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐃𝐞𝐬𝐯𝐢𝐚𝐧𝐭𝐞’ 𝐞 𝐖𝐨𝐫𝐤𝐬𝐡𝐨𝐩 𝐝𝐞 ‘𝐒𝐚𝐬𝐬𝐲 𝐇𝐚𝐢𝐤𝐮𝐬’ 18 Março • sábado workshops: 15h — 17h lançamento do livro: 17h — 19h ~ INSCRIÇÕES NO WORKSHOP: https://forms.gle/s3fPFyFkYR4x83dZ6 ~

PT Apresentação pública do terceiro livro de Rafaela Jacinto: A música está na minha cabeça com a presença de Cobramor, Maribel Sobreira, Ana Freitas Reis, André e. Teodósio e Fernando Pinto do Amaral. A conversa segue-se ao workshop ‘Laboratório de Escrita Desviante’ com Cobramor e Rafaela Jacinto.

‘𝐋𝐚𝐛𝐨𝐫𝐚𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐃𝐞𝐬𝐯𝐢𝐚𝐧𝐭𝐞’ 𝐞 𝐖𝐨𝐫𝐤𝐬𝐡𝐨𝐩 𝐝𝐞 ‘𝐒𝐚𝐬𝐬𝐲 𝐇𝐚𝐢𝐤𝐮𝐬’ — 15h O objectivo deste laboratório de escrita desviante é libertar xs participantes dos formalismos e convenções estéticas literárias, criando uma forma de anti-escrita com recurso à técnica dadaísta do esquartejamento, segundo Tristan Tzara. ~ Sassy Haikus é uma prática meditativa de composição de haikus (poesia japonesa de três versos) cuja a essência é o “corte” despojado de julgamento.

Neste workshop, segue-se um conjunto de instruções que visam conectar xs participantes a um modus operandi queer diva main character energy idgaf seja lá o que isto for de forma a abolir qualquer constrangimento causado pela poesia mainstream.

Ao mesmo tempo, todo o gesto de construção é subtil, minucioso e contemplativo.

‘𝐀 𝐦𝐮́𝐬𝐢𝐜𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐧𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐜̧𝐚’ ❋ 𝐑𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥𝐚 𝐉𝐚𝐜𝐢𝐧𝐭𝐨 — 17h “A poesia de Rafaela é desviante, fazendo questão em não se inscrever em nenhuma corrente, pois as correntes são para quem está agrilhoado.

Ela exige amor, um que clama pela exposição das cicatrizes deixadas pela ruínas duma sociedade pós-capitalista, assente numa partitura de resistência que oferece tanto de mundano como de épico, não fossem ambas dar a outra face. Ou nas belas palavras de Vaneigem: “Aqueles que falam de revolução e de luta de classes sem se referir à vida quotidiana, sem compreender aquilo que há de subversivo no amor, de positivo na recusa do constrangimento, estes carregam na boca um cadáver”

“Estamos no Inverno, faz frio e ouvimos música enquanto tentamos esquecer que não temos quem nos aqueça os pés e nos prepare uma salada de frutas. Confirmamos a morte próxima, não, não confirmamos, não temos quem nos ouça, quem nos faça sentir semelhantes, alguém que nos nomeie. Somos nós que gritamos o nosso nome, mas o nome não quer dizer nada, a nossa identidade é fluída. Está a ver? Como fazer com que você que me lê, se identifique comigo? Deus está morto, viva o marketing. Parabéns, acaba de adquirir poesia sincera, irónica e catastrófica.”

‘A música está na minha cabeça’ ❋ Rafaela Jacinto + Laboratório de Escrita Desviante e Workshop