
The Selva
No âmbito da Programação Garagem, comissariada por David Maranha e Manuel Mota, a Appleton apresenta ” The Selva”.
“The Selva” é um trio português formado por Ricardo Jacinto (violoncelo e electrónica), Gonçalo Almeida (contrabaixo e electrónica) e Pedro Oliveira (percussão e electrónica). Movendo-se na interseção entre a música improvisada, a eletroacústica e o minimalismo, o grupo explora a relação entre a expressividade dos instrumentos acústicos e a manipulação electrónica, criando atmosferas sonoras hipnóticas e em contínua mutação.
Desde a sua formação em 2016 (com Nuno Morão nas percussões), “The Selva” lançou quatro álbuns – The Selva (2017), Canícula Rosa (2019), Barbatrama (2021, em colaboração com Machinefabriek) e Camarão-Girafa (2023) – desenvolvendo uma linguagem que equilibra a organicidade instrumental com a expansão digital. Esta fusão entre o acústico, o electroacústico e a eletrónica tem sido uma das forças motrizes do trio, ampliando as possibilidades expressivas e a imersão sensorial da sua música.
No início de 2025, Pedro Oliveira [baterista, percussionista e explorador sónico de Barcelos, com carreira feita nas bandas de
Peixe-Avião, Clã, Rui Reininho, a solo como Krake e em múltiplas outras colaborações]] vem substituir Nuno Morão na percussão e traz consigo uma forte componente electroacústica e electrónica que leva o trio para novas paragens.
“The Selva”, que inicialmente apresentava uma música com forte componente camerística, tem vindo ao longo dos anos a receber uma influência e presença de electrónica e dispositivos eletroacústicos que expandiram ainda mais a já forte presença de idiomas musicais potencialmente distantes, aliados a um forte sentido exploratório e experimental do seu discurso musical.
Desde 2016 “The Selva” apresentou a sua música ao vivo em várias tours europeias e em 2024 apresentou o seu último álbum no festival Jazz em Agosto na Gulbenkian.
Agora, com novo músico aos comandos das percussões e após a gravação do seu quinto álbum, “The Selva” continua a desafiar convenções, reforçando a sua identidade enquanto coletivo que transcende gêneros através da improvisação.