Tashi Dorji / Turquoise Dream

Nascido no Butão, Tashi Dorji viu a sua vida mudar por completo quando, já nos Estados Unidos, contactou com a improvisação livre e com a música de Derek Bailey. As cordas dedilhadas ou atacadas da sua guitarra tão depressa nos empurram para momentos de um belíssimo lirismo, quanto indagam por zonas mais ácidas e acidentadas. Os Turquoise Dream, por sua vez, são um singular quarteto agremiado por essa figura maior da música improvisada portuguesa e europeia que é o violinista Carlos “Zíngaro”. Para esta abordagem, em que coexistem uma tocante delicadeza instrumental e uma cativante ousadia interpretativa, Zíngaro chama Marta Warelis (piano), Helena Espvall (violoncelo) e Marcelo dos Reis (guitarra acústica), numa fascinante redefinição da música de câmara.

Quarteto singular disposto em torno dessa figura maior da música improvisada portuguesa e europeia que é o violinista Carlos “Zíngaro”. Nesta abordagem que, sem paradoxo, faz coexistir uma tocante delicadeza instrumental e uma cativante ousadia interpretativa, Zíngaro apresenta-se ao lado de três outros iluminados improvisadores – Marta Warelis (piano), Helena Espvall (violoncelo) e Marcelo dos Reis (guitarra acústica). Estamos perante uma fascinante redefinição da música de câmara, sem lutas de egos, e que emerge como uma soberba voz coletiva. Stef Gijssels, numa entusiástica crítica para o Free Jazz Blog, escreveria que “a tela que criam é intensa, cheia de fantasia, caleidoscópica, imprevisível e astuta”.