Maior honra em acolher esta instituição das músicas mais fora do circuito DIY norte-americano, regressados após um haito de uma década. DJ set a cargo de Tsuri, logo depois e continuando a onda suprema.
Starving Weirdos
Combo mítico vindo de Humboldt na Califórnia, este duo formado por Brian Pyle e Merrick McKinlay regressou este ano às slides após uma década de silêncio que se seguiu à edição de ‘Land Lines’. Lançado pela Discrepant, ‘Atheistsaregods’ é revelador da pertinência destes weirdos nos dias negros de hoje, numa conjura de cantos, muita percussão, ecos dub, linhas de teclado hipnóticas e toda uma aura de elevação febril a partir de toda uma míriade de instrumentos. Psicadelismo resgatado ao fundo de poço, vindo de luminários do subterfúgio mais DIY norte-americano que tantas boas memórias nos deixou, com lançamentos em editoras como a Digitalis ou a Root Strata e uma ética e forma de fazer as coisas que devia ainda hoje perdurar nas mentes de quem procura ser livre.
https://discrepant.bandcamp.com/album/atheistsaregods
Tsuri Com o passar dos anos, continua imperturbável como um dos valores mais fortes do djing desta cidade. A mesma sede jovem da descoberta alinha-se à valentia, sentido de direcção e sensibilidade dos rodados, potenciada pelas horas atrás do balcão da Flur e aplicada à pista com generosidade. Parte de inúmeras coordenadas históricas da dança, mas nunca cai na redundância e auto sabotagem, passando da lanzeira de passos lentos à euforia absoluta com uma entrega e narrativa igualmente especulativa e fluída, entre as atmosferas enevoadas, a crueza jackin, pads sonhadores e batidas em trânsito entre Chicago e UK, do clássico ao futuro.
Entrada: 5 euros Cartaz por Alex Vidal