Rodrigo Amado & David Maranha + Will Guthrie & Container
David Maranha & Rodrigo Amado | ‘Nome transversal da nova música em Portugal desde o fim dos anos 80, David Maranha tem deixado um impressionante legado de obras a solo e vigorosas colaborações, para além da sua participação nos longevos Osso Exótico, no qual foi figura fundadora.’ (semibreve). Não apenas uma das mais importantes figuras do jazz português, Rodrigo Amado é já reconhecido como um dos mais inovadores saxofonistas contemporâneos. Ao longo de décadas de colaborações que atestam a sua versatilidade, Amado deixou a sua marca em vários géneros e tornou-se um dos mais celebrados músicos do nosso país a nível internacional. (TMP-Rivoli)
Estreia em Portugal do duo entre Container – o projecto electrónico de Ren Schofield – e o grande baterista/percussionista australiano, Will Guthrie! Container é o projecto do veterano americano do noise Ren Schofield, originário de Providence, Rhode Island, e agora baseado em Londres. Container apareceu pela primeira vez no início da década com uma série de cassetes bizarras para várias pequenas editoras. Na sequência destes lançamentos, a Spectrum Spools, uma das filiais da Editions Mego – dirigida pelo velho amigo John Elliott, da banda Emeralds – decidiu lançar o seu primeiro LP, uma colecção de faixas Techno mutantes, simplesmente intitulada “LP”. O disco ganhou rapidamente atenção na cena da música electrónica, em grande parte graças ao estilo de produção único de Schofield, que o separa das formas de música de dança convencional. Enquanto a música de Container se enquadra perfeitamente no género e é suficientemente funcional para rebentar com as paredes de qualquer clube, os anos no circuito noise dos EUA deram à marca de techno de Schofield uma crueza e uma intensidade directa que se destaca no clube e atravessa outras sub-secções do underground. O seu modesto conjunto de Roland MC-909, um estúdio porta de quatro pistas e uma série de pedais permitiram-lhe aperfeiçoar a sua música beat desordenada e desconcertante ao longo dos anos, levando a mais três bem recebidos, e literalmente intitulados, LP’s. Durante este período, Container também lançou alguns EPs pela Morphine, Liberation Technologies e Diagonal, fez uma variedade de remixes para artistas como Four Tet, The Body, Panda Bear e Fucked Up, além de manter uma agenda de digressões saudável que atingiu todos os continentes. Tem actuado ao vivo por praticamente todos os principais festivais e clubes de música electrónica da Europa, bem como por digressões e concertos com uma gama diversificada de artistas como Wolf Eyes, Zola Jesus, Daughters, Pharmakon e Ryley Walker. Will Guthrie é um baterista / percussionista australiano que vive em França. Toca a solo usando diferentes combinações de bateria, percussão, amplificação e electrónica, e lidera o grupo híbrido contemporâneo de percussão / gamelão ENSEMBLE NIST-NAH. A sua música foi lançada em editoras como a Black Truffle, Editions Mego, Erstwhile, Clean Feed, Gaffer Records, Hasana Editions, 23five, iDEAL e a sua própria editora Antboy Music.
Guthrie começou por ganhar fama na cena jazzística australiana, estabelecendo-se desde muito jovem como uma presença importante ao ganhar o Wangaratta National Jazz Awards para bateria em 1997 e passando a actuar com muitos dos músicos de jazz mais famosos da Austrália, como Mark Simmonds, Julien Wilson e Ren Walters. No novo milénio, o seu trabalho afastou-se do kit de bateria através da electrónica, da amplificação extrema e de técnicas electroacústicas, documentadas numa série de gravações a solo e em colaboração destes anos. Paralelamente ao seu trabalho electroacústico, na última década, Guthrie regressou à bateria, desenvolvendo uma série de trabalhos a solo marcados por uma determinação radical, desde exercícios rítmicos implacáveis a explorações radicais das frequências graves de gongos e outros instrumentos de percussão de metal. No concorrido mundo do free jazz/improvisação de percussão, o trabalho de Guthrie distingue-se da abordagem delicadamente pontilhista de grande parte da improvisação europeia pela sua sofisticação rítmica, virtuosismo descarado e inegável fisicalidade, tocando em aspectos das músicas do mundo, desde o gamelão javanês à música carnática do sul da Índia. Como um dedicado organizador de concertos de base e DIY, enquanto ainda era estudante em Melbourne, Guthrie (juntamente com Ren Walters) criou a série de concertos semanais “Improvised Tuesdays”, agora conhecida como Make It Up Club, a mais longa série de actuações de música improvisada e experimental da Austrália. Ao mudar-se para Nantes, Guthrie juntou-se ao colectivo CABLE#, comissariando e organizando concertos regulares e um festival anual. Guthrie lançou mais de 50 álbuns, tanto a solo como em colaboração, em editoras como a sua própria Antboy Music, e também Black Truffle, Editions Mego, Gaffer Records, Ideal, Ipacac e Clean Feed. Já actuou em inúmeros locais e festivais em todo o mundo, incluindo Lieu Unique (Nantes), Cafe Oto (Londres), Berghain (Berlim), Super Deluxe (Tóquio), SPRING Performing Arts Festival (Utrecht), Meta House (Phnom Penh), MONA FONA (Hobart), Suoni Per Il Popolo (Montreal), Lampo (Chicago), Oct Loft Jazz Happening (Shenzhen) e Geometry Of Now (Moscovo). Colaboradores regulares do passado e do presente incluem Oren Ambarchi, Sarah Hennies, James Rushford, Jean-Luc Guionnet, Erell Latimier, Mark Fell, Roscoe Mitchell, Chulki Hong, Mark Simmonds, Jérôme Noetinger, Keith Rowe, David Maranha, Ava Mendoza, o cineasta Hangjun Lee e a coreógrafa/dançarina Mette Ingvartsen.
Rodrigo Amado & David Maranha + Will Guthrie & Container