POR MOTIVOS DE FORÇA MAIOR
Sabine Macher, Margarida Bettencourt e eu somos mulheres artistas, nascidas em 1955 na Alemanha, em 1962 na África do Sul e em 1988 em Portugal. Dando continuidade a uma história comum, esta peça sustenta-se no encontro intergeracional como lugar de aprendizagem mútua e nutre-se da vontade de tecer relações entre uma rebeldia com filiação no feminino e o tremor. Nesta correlação, não vejo o tremor como medo ou hesitação, nem a rebeldia como confrontação, mas como potências para abanar certezas e sistemas. Interessa-me o exercício de uma rebeldia que age ao nível da perceção e que põe em marcha um outro funcionamento e entendimento daquilo que me rodeia.
Recorrendo à escrita de fabulação especulativa de Ursula K. Le Guin, relevante enquanto forma de leitura do presente que propõe um estremecimento, um intervalo metafórico e simbólico, seguimos a hipótese de considerar a ficção como uma cesta. Pensamos esta peça como um recipiente, um ponto de encontro, onde convivemos com outras mulheres – artistas, personagens ficcionais, figuras mitológicas e arquetípicas – também elas rebeldes e fabricadoras de tremor. A nossa história entrelaça-se com a delas. Aqui, Por motivo de Força Maior abandona a sua carga jurídica para agir como motor poético, desencadeando forças que se movem entre o inevitável, o indomável e o necessário.
Teresa Silva
29 setembro – 1 outubro
Artes Performativas
sexta 19h30 sábado 21h30 domingo 19h30
Sala Principal
12 eur. (integrado no Passe Cultura, apenas disponível na Blilheteira do TBA)
Passe Teresa Silva + Nicole Gomes 18€
Maiores de 6
POR MOTIVOS DE FORÇA MAIOR