Pintar de pé
Uma conversa entre pessoas que pintam sobre a forma como pintam. Pintam sempre da mesma maneira ou depende? Do quê? Que implica a posição de pintar? E o tamanho das ferramentas? Que gestos? Que espaço? A escala tem que ver com isto? Pinceladas, tintas, materiais têm a ver com isto? De pé a tinta não escorrega?
Acompanhando a exposição de telas e textos de Mário Dionísio patente até dia 17 de Abril na Casa da Achada, Como esta mão, que segura ou se prolonga no pincel, esta sessão insere-se na rubrica «Os dias do diário», cujas sessões têm como pretexto entradas do diário 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑐𝑙𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜 de Mário Dionísio.
«15.4.74
Sonho (sempre sonhei) com telas grandes. Uma tela grande impõe-se-nos, domina-nos, dá-nos espaço para passear os olhos por ela e é, de certo modo, mais fácil de executar: cabe nela o gesto largo – do braço e não só da mão –, os pormenores, de milímetros nas telas pequenas, são pelo menos de um ou dois centímetros e há menos constrangimento em usar pincéis n.º 8 ou 12 do que os antipáticos n.º 1 ou 2.»
Mário Dionísio, 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑐𝑙𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜
A conversa contará com a participação de Frederico Mira George, Martinho Costa, Sara Franco, João Queiroz e outros pintores.
Sábado, 15 de Abril, às 15h30.
Pintar de pé