PALESTRA Terapêutica inovadora no Consilium para uma afecção hipocondríaca, de Filipe Montalto
Terapêutica inovadora no Consilium para uma afecção hipocondríaca, de Filipe Montalto
PALESTRA | 22 set. ’23 | 14h30-16h30 | Sala de Formação | Entrada livre
A Arquipatologia de Filipe Montalto, publicada em Paris, em 1614, é uma obra relevante na história da psiquiatria.
A obra divide-se em 18 tratados, cada um dos quais tem por objeto uma doença ou uma afeção psíquica. O mais longo e, porventura, o mais original desses tratados, o tratado IV “Sobre a Melancolia”, é acompanhado de um extenso apêndice intitulado “Consilium para uma afecção hipocondríaca”. Trata-se de um documento peculiar, em que o ilustre médico da corte de Maria de Médicis revela uma invulgar capacidade de lidar com um caso singular, arriscando fazer um diagnóstico e propor medidas terapêuticas. O especto mais interessante reside no peso atribuído à componente psicoterapêutica.
Esta palestra, da autoria de Adelino Cardoso, inscreve-se no âmbito das atividades do Grupo de Estudos sobre a Arquipatologia e será precedida de uma análise do estado atual dos trabalhos em curso.
Sobre o orador
Adelino Cardoso é doutorado em Filosofia pela Universidade de Lisboa, é Investigador Integrado do CHAM – Centro de Humanidades, NOVA FCSH. Os seus interesses de investigação distribuem-se pela filosofia moderna, pensamento português, fenomenologia, história e filosofia da medicina. Coordenou projetos interdisciplinares articulando nomeadamente filosofia, medicina, história e literatura: “Filosofia, Medicina e Sociedade” (2007-2011); “O conceito de natureza no pensamento médico-filosófico na transição do século XVII ao XVIII” (2012-2015) e “Arte médica e inteligibilidade científica na Archipatologia de Filipe Montalto” (2013-2015). Publicou um vasto número de artigos em revistas especializadas e vários livros, entre os quais, Leibniz segundo a expressão (1992), Fulgurações do eu. Indivíduo e Singularidade no pensamento do Renascimento (2002), Vida e percepção de si. Figuras da Subjectividade no século XVII (2008), Labirinto do eu (2019). Coordena uma das secções da “História global do pensamento português”, de José Eduardo Franco e Samuel Dimas. É membro da Comissão de Ética do Instituto Português de Oncologia e do Conselho de Ética da Fundação Champalimaud.