O Violão Tenor Brasileiro

​Conhecido da música brasileira desde 1930, o Violão Tenor é um instrumento de quatro cordas, com dimensões menores que o violão e maiores que o cavaquinho, proporcionando uma sonoridade única. Na sua origem, foi bastante utilizado para tocar jazz nos Estados Unidos. Por sua beleza e timbre, o instrumento foi introduzido no Brasil por Aníbal Augusto Sardinha, o famoso “Garoto”, sendo acolhido pelo gênero musical de maior expressividade no país: o Choro. Rapidamente, o Violão Tenor caiu nas graças do universo musical brasileiro, sendo presença constante na discografia da música popular do início do século XX, tanto como solista quanto acompanhador. Seguindo o legado deixado por Garoto, outros importantes instrumentistas como Jacob do Bandolim , Zé Meneses, Claudionor Cruz, Nestor Amaral, Álvaro Hilsdorf, Nelsinho(O malabarista do violão tenor), Aluízio Ferreira(Bando da Lua) e os Demônios da Garoa, também adotaram o instrumento em suas melodias.

O Violão Tenor também marca presença na discografia brasileira dos ultimos cinquenta anos. Podemos ouvir o instrumento em discos de artistas como: Caetano Veloso, Beth Carvalho, Gal Costa, Cássia Eller, Toquinho, Martinho da Vila, Roberto Ribeiro, Grupo Fundo de Quintal, Cristina Buarque, Maria Gadú, Luiz Melodia, Ná Ozetti, Vanessa da Mata e Mônica Salmaso.

Através de um repertório rigorosamente selecionadas, o músico irá apresentar um panorâma de obras compostas por mestres do instrumento nestes ultimos cem anos de história, inserindo o espectador dentro da atmosfera deste grande instrumento. Choros, Valsas, Polcas e Tangos compõem um rico panorama rítmico nas obras selecionadas. O espetáculo também será rodeado por diversas histórias sobre o surgimento deste instrumento, de como ele ganhou destaque dentro da música popular brasileira, sua trajetória após a morte de seu maior expoente, seu completo desaparecimento e enfim, o renascimento do violão tenor no século XXI através de novos compositores e intérpretes.