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Maria do Mar | Ziv Taubenfeld | Ricardo A. Freitas

Maria do Mar | Ziv Taubenfeld | Ricardo A. Freitas

“A colaboração entre Maria do Mar e Ricardo A. Freitas existe há 10 anos, mas é a primeira vez que ambos tocam com o clarinetista baixo Ziv Taubenfeld. O contexto é o da música improvisada, ou mais exactamente da composição instantânea. Compõe-se no próprio momento em que é interpretada O duo da violinista e do baixista cria uma música plena de detalhes e quase camerística. Taubenfeld tem duas características: ou é um vendaval nos termos do free jazz e da livre-improvisação ou recorre a um lirismo melódico de grande beleza. É imprevisível o registo deste trio que agora se estreia: ou poderá ser cru e duro ou de uma leveza poética e introspectiva. E pode bem acontecer que abrace ambas as duas possibilidades. Será o que for e, com tais músicos, o que for será garantidamente de uma enorme qualidade.”
Rui Eduardo Paes
Este trio surgiu muito espontaneamente, assim como a música que for criada neste concerto. A improvisação é uma base que todos os integrantes abordam nas suas criações.
Maria do Mar, violinista, compositora, professora e activista, natural de Lisboa, com um trajecto iniciado na música clássica e ensino, e recentemente em projectos de música experimental e improvisada. Tocou em várias orquestras e foi dirigida por vários maestros dentro e fora do país e leccionou em vários conservatórios e escolas nacionais, onde procurou formas alternativas de ensino. Os seus alunos apresentaram-se com sucesso a solo em concertos e concursos nacionais.
De uma actividade eclética, destacamos participações em, bandas sonoras de filmes nacionais, O Arquiteto, Paulo Rocha (1993), Estive em Lisboa e Lembrei de Você (2018) de José Barahona, Ela é uma Música (2019) de Francisca Marvão, Caos e Afinidade de Pedro Gonçalves (2020), escreveu música original para “Há uma profeta nas Olaias, tenham cuidado!” (2021) de Lucas Camargo de Barros. Peças de teatro, como o Impromptu de Versalhes de Molière (2016) a solo no Teatro Nacional D. Maria, com encenação de Miguel Loureiro, música para (RE)EXISTIR (RE)ENCONTRAR, de Aldara Bizarro e Sónia Baptista, no Teatro S.Luiz (2022); performances, com Sónia Baptista, Assentar sob as Águas (2016), Maria Radich BooKiNg PoiNt (2017), Solos, Variáveis Azuis Luminosas, em O Armário (2018), em 2022 estreou com a abertura do Festival Giacometti, a primeira peça do Ciclo Grão – ContraTempo, na aldeia de Peroguarda, onde cruza linguagens, violino/violeta solo, recolhas, fieldrecordings, cantadeiras e habitantes da zona, instalação e vídeo. Tem vários discos editados.
Desenvolveu trabalho de improvisação com Butch Morris, Miguel Mira, Carlos “Zíngaro”, Sei Miguel, Helena Espvall, Ricardo Freitas, Paulo Chagas, Ernesto Rodrigues, Joelle Léandre, Juan Calvi, Adriano Orrú, Luíz Rocha, Lula Pena, entre outros, apresentando-se em concertos, ciclos e festivais nacionais e internacionais, como MIA, Creative Fest Lisboa e Berlim, Underscore – Festival de Música, Som, Imagem em Movimento e Arquivo, Jazz no Parque de Serralves com Joelle+5, BCN Impro Fest em Barcelona e Festival Urogallo em Léon, Magasessions, Lisboa Soa, Jazz ao Centro em Coimbra, Jazz 2020 na Fundação Calouste Gulbenkian e é membro de vários grupos como LANTANA, Fungaguinhos, Duo Suprasónico, Mayhuma, ou PEntE AtómIco. Presentemente, LANTANA recebeu o Prémio de Melhor Grupo do Ano na Festa do Jazz, e Grupo Revelação, pelos maiores críticos internacionais de Jazz em El Intruso.
Faz programação/curadoria, produção de eventos, destacando-se “Pequenas Notáveis”- Um Mini Festival sobre o Feminino, no bar Pequena Notável em Lisboa (2018), ImproJam,(2018-2020) na Cooperativa Penhasco, Open Call para músicos Queer, Amoras Silvestres, programou duas edições do festival de música, performance, palavra e debate queer, QueerFest (2020-2021). Actualmente faz curadoria com Felice Furioso do Ciclo DeScomposição Transitória na SMUP, começado em 2021.
No final do ano de 2019 foi nomeada na revista Jazz.pt, para Melhor Músico ou Grupo Nacional.
Busca no seu trabalho um universo amplo, o desenvolvimento de uma linguagem pessoal, com fronteiras estéticas esbatidas onde se abrem possibilidades transversais e sem limites criativos.
Ziv Taubenfeld é clarinetista baixo, compositor e improvisador. Depois de se estabelecer como uma figura chave na comunidade do jazz e da música improvisada de Amesterdão, colaborando com artistas como Han Bennink, Rozemarie Heggen e Tobias Delius, Taubenfeld mudou-se recentemente para Lisboa. Embora a improvisação esteja no cerne do trabalho de Taubenfeld, seu projeto principal – Full Sun – geralmente se envolve com composições de grande formato e colaborações multidisciplinares. Seu último álbum, “Out of The Beast Came Honey”, saiu da Clean Feed Records (2022).
“Ouvimos imediatamente o que é tão característico da música de Taubenfeld: aquela combinação de lirismo melódico e crueza não adulterada. Para ele, um nunca passa sem o outro.” Ben Taffijn
“Dentro você pode ouvir microgrânulos de jazz, swing e até mesmo a estética de New Orleans. A camada externa, no entanto, é muito escura, misteriosa, como se escondesse grandes segredos do Extremo Oriente.” – Andrzej Nowak
Ricardo A. Freitas é baixista e compositor com colaborações em projectos de jazz, música improvisada, teatro, dança e vídeo. Dirigiu os seus próprios projectos IntErLúNio, GRIP e GRIP 5. Participou em Wishful Thinking (Alípio C Neto), 3-Bass-Hit (Johannes Krieger) e Pablibut Sone (Paulo Dias Duarte). Integra os Al-jiçç (Nuno Damião). Com Ricardo Sá-Leão desenvolve o duo de improvisação Mardi Matin. Em encontros de música improvisada tocou com Anna Piosik, Carlos Godinho, Emídio Buchinho, Helena Espval, Joana Guerra, João Martins, Luis Vicente, Manuel Guimarães, Marcelo dos Reis, Marco Franco, Maria do Mar, Miguel Cabral, Nuno Rebelo, Paulo Curado, Ricardo Ribeiro, Rodrigo Pinheiro, Ulrich Mitzlav, Vasco Furtado, entre outros. Contribuiu para espectáculos de Filipa Francisco, Sílvia Pinto Coelho, Francisco Campos, Teresa Sobral, Pedro Carraca e Rui Guilherme Lopes. Em espectáculos para a infância colaborou com António Pedro, Marina Nabais, Miguel Antunes, Maila Dimas, Maria Radich, e participa em Fungaguinhos onde faz os arranjos da música de José Barata Moura para a infância.
Entrada: 6 Botas
+ informações:
[email protected]

Maria do Mar | Ziv Taubenfeld | Ricardo A. Freitas

Data

09 Fev 2023
Desde

Hora

21:00

Localização

BOTA (Base Organizada da Toca das Artes)
BOTA (Base Organizada da Toca das Artes)
Largo Santa Bárbara 3d, 1150-287 Lisboa
Website
https://cartazculturallisboa.pt/agenda-bota-base-organizada-da-toca-das-artes/
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