LEFFEST | Lisboa Film Festival 2023

Estamos a preparar uma grande edição, que divulgaremos no final do Verão, adiantando desde já que o programa especial deste ano será: “A Inteligência Artificial e a Criação: Reflexos de um pesadelo totalitário?”, que reunirá cineastas, argumentistas, escritores, artistas, filósofos e especialistas de renome mundial.

Fundado por Paulo Branco em 2007, o LEFFEST afirmou-se como o grande festival de referência em Portugal (e “um dos festivais mais fantásticos do mundo”, como disseram Jonathan Demme ou Jim Jarmush, e trouxe ao nosso país, ao longo de década e meia, os grandes nomes do cinema, e também da literatura, da música e das artes e grandes personalidades da cultura mundial, que aqui se reúnem ao longo de 10 dias e partilham as suas obras com o público. Os realizadores Francis Ford Coppola, David Lynch, Wim Wenders, David Cronemberg, Wes Anderson, Bernardo Bertolucci, Jonathan Demme, Pedro Almodóvar, Agnès Varda, Abbas Kiarostami, Raúl Ruiz, James Gray, Lucrécia Martel, os Irmãos Dardenne, Victor Erice, Charles Burnett, Christian Petzold…; os actores Catherine Deneuve, Juliette Binoche, Isabelle Huppert, John Malkovich, Viggo Mortensen, Willem Dafoe, Gérard Depardieu, Robert Pattinson, Fanny Ardant, Jean-Pierre Léaud, Wagner Moura, Monica Bellucci, Mathieu Amalric, Michael Fassbender, Alicia Vikander, Louis Garrel, Laetitia Casta…; os pianistas Martha Argerich, Stephen Kovacevich, Alfred Brendel, Piotr Anderszevski, Momo Kodama…; os prémios Nobel da Literatura J.M. Coetzee e Peter Handke, e ainda Don DeLillo, Adonis, John Berger, Pascal Quignard, Paul Auster, Siri Hustvedt, Hanif Kureishi, Jonathan Littel, Ron Padget, Juan Goytisolo, Enrique Vila-Matas…; os artistas Nan Goldin, Douglas Gordon, Miquel Barceló, Cindy Sherman, Sophie Calle, Cristina Iglesias, Philippe Parreno…; os músicos Gidon Kremer, Lou Reed, Laurie Anderson, David Byrne…; os compositores Gyia Kancheli e Alexandre Desplat, o designer de moda Emanuel Ungaro, o matemático Cédric Villani, a activista e escritora Angela Davis, entre várias centenas de outros, participaram nas várias edições do festival, acompanharam as suas obras e discutiram-nas com o público. Essa é uma das distinções do LEFFEST, rara e praticamente única no mundo: o acesso dos espectadores aos grandes nomes do cinema e das artes, a um leque diversificado de cineastas, actores, artistas, escritores e músicos.

Por tudo isto, nomes maiores do cinema mundial referiram-se ao LEFFEST como um dos seus festivais favoritos:

Wim Wenders: “num festival como LEFFEST, onde as salas se enchem e as pessoas têm uma experiência celebratória de algo que as une entre si. […] o Cinema ainda tem a capacidade de nos juntar”;

Emir Kusturica “Escolhi vir ao LEFFEST e recusei todos os outros festivais. Isto mostra o que penso do público português… gosto de conversar com os portugueses. Temos uma ligação emocional e intelectual”;

Jim Jarmusch: “Toda a gente que conheço, e amigos que vieram cá me diziam há anos ‘Este é um dos festivais e lugares mais fantásticos’. […] Estou muito feliz por cá estar. É um festival extraordinário, com muitas pessoas a serem homenageadas, com retrospectivas de Godard, de Kusturica, de Skolimowski, Pascal Bonitzer. Por duas vezes, pude sentar-me e conversar com Jean-Pierre Léaud. Para mim é como um sonho tornado realidade. E há tantas pessoas maravilhosas aqui, é fantástico. Todo este ambiente é a celebração da alegria do cinema, da sua beleza”;

Ildikó Enyedi (vencedora do Urso de Ouro no festival de Berlim e membro do júri em Veneza, Berlim, Cannes e no LEFFEST): “Paulo Branco conseguiu pensar num conceito extraordinário de festival de cinema. Tivemos todos conversas maravilhosas e partilhámos as nossas experiências. Estarmos com todos aqueles artistas, irmos a concertos, a exposições, fez-nos muito bem. Os cineastas precisam de não estar tão isolados no seu cinema.”

O Nobel da Literatura J.M. Coetzee escreveu sobre os momentos que viveu no LEFFEST no livro que assina com Paul Auster, “Aqui e Agora 2008-2011”, uma edição da correspondência entre ambos. E ambos voltaram por outras vezes ao LEFFEST para partilhar leituras com o público do festival. Também o escritor Enrique Vila-Matas escreveu por várias vezes na imprensa espanhola sobre as extraordinárias experiências no LEFFEST, e refere-as também em alguns dos seus livros.

Nas suas entrevistas durante o festival de Veneza e depois, para publicações no mundo inteiro a propósito da estreia do filme All the Beauty and the Bloodshed – Toda a Beleza e a Carnificina (que viria a ganhar o Leão de Ouro do festival e foi nomeado para os Óscares na categoria de Melhor Documentário), a fotógrafa Nan Goldin e a realizadora Laura Poitras referiram que foi no LEFFEST que o seu encontro se deu, no ano de 2014, quando aqui se conheceram, era Nan Goldin presidente do júri e Poitras veio apresentar o documentário Citizenfour e participar num simpósio internacional. O festival é também esse lugar de encontro internacional entre criadores e aqui nasceram muitos projectos.