
Corra Devagar
Num microfone, Juliano Holanda (e a sua guitarra). Noutro, agda (assim mesmo, em letras minúsculas justificadas pela artista pela forte miopia). No mesmo palco, os dois cantores e compositores brasileiros apresentam Corra Devagar. O paradoxo no título do espetáculo é poético e está na canção homónima que compuseram antes mesmo de pensar na digressão que estreia por Portugal, em setembro: «Quero que você exista em si/caiba e se tenha como puder/louve-se lave-se seja parte e seja só/Ame o amor, abrace uma árvore, plante outras/corra devagar/vá e volte /sente-se no chão/Ame o amor e vá/Corra devagar».
Juliano Holanda é um dos mais célebres (e céleres) compositores do Brasil, tendo mais de 600 composições autorais cantadas nas vozes de Maria Bethânia, Almério, Zélia Duncan, Simone, Fagner, Letícia Sabatella, Chico César, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Martins. Juliano também é autor de bandas sonoras consagradas, como a da minissérie Amorteamo (Globo), e do livro Outras armadilhas desejáveis (Maralto, 2024). agda vem arrebatando o Brasil ao traduzir em letra e música o quotidiano do interior do Nordeste, bucólico, mas agreste.
A digressão Corra Devagar, com Juliano Holanda e agda a receber convidados, estará na Fábrica Braço de Prata, no dia 7, e segue para Amsterdão. O retorno à capital portuguesa será com roda de conversa, no dia 25, na B.O.T.A Anjos, seguido de um concerto no Festival de Poesia de Lisboa, na Biblioteca de Alcântara, no dia 26.