Cordeiros de Deus ou Soldados da Esperança
Cordeiros de Deus ou Soldados da Esperança
De Elmano Sancho
Existe sempre alguém que morre para salvar o mundo.
É assim.
Jesus morreu para salvar a humanidade.
Pessoas que poderiam ter mudado o mundo morreram.
Com SIDA.
Com COVID.
Em guerras desleais.
É assim.
Precisamos de sacrificados para continuarmos vivos.
De gerações perdidas.
De pessoas que morrem por nada.
É assim.
Da mesma forma que precisamos de empregadas domésticas.
De lixeiros.
De putas.
De coveiros.
De anjos silenciosos que limpam a merda do mundo.
Enquanto o tempo demolidor passa.
Enquanto os soldados da esperança morrem.
Enquanto os sobreviventes procuram a felicidade, com os olhos postos no futuro.
Do sangue das jovens promessas, resta a memória da beleza, que se eternizou.
E nós?
Os outros?
Envelhecemos.
Tornamo-nos naquilo que, teimosamente, quisemos evitar.
A criança que fomos, o cordeiro puro, sem manchas, sem defeitos, sem pecados,
assiste, impotente, ao desmoronar dos seus sonhos.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
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FICHA TÉCNICA
Texto e Encenação | Elmano Sancho
Interpretação | Custódia Gallego, Duarte Melo, Elmano Sancho, Lucília Raimundo,
Rafael Carvalho.
Assistência de encenação | Paulo Lage
Cenografia | Samantha Silva
Figurinos | Ana Paula Rocha
Desenho de Luz | Pedro Nabais
Fotografia | Sofia Berberan
M/16
Coprodução
LOUP SOLITAIRE
CULTURGEST
TAGV
TEATRO VIRIATO
TEATRO VIRGÍNIA
CASA DAS ARTES DE VILA NOVA DE FAMALICÃO
TEATRO DIOGO BERNARDES
Parcerias e acolhimentos
ABRAÇO, ACEGIS, AGUINENSO, APOIAR, AVIPG, CAE PORTALEGRE, TEATRO AVEIRENSE