Avançar para o conteúdo
Baloji na exposição "Black Ancient Futures"

Baloji na exposição “Black Ancient Futures”

Numa colaboração entre o MAAT e a Festa da Francofonia, assinalam-se, no dia 13 de março, o encerramento da exposição Black Ancient Futures, através de um programa que celebra o artista Baloji e as questões afrodiaspóricas amplamente tratadas na mostra. Artista congolês residente na Bélgica e com obra realizada nas áreas das artes visuais, da música e do cinema, Baloji figura na exposição com as obras Altar / Peau de Chagrin / Bleu de Nuit, de 2018. O programa apresentado neste dia de celebração conjunta inicia-se com a projeção e Q&A do filme «Omen» de 2023, escrito e realizado pelo artista. Apresentado pela primeira vez em contexto institucional português, o filme de Baloji conta já com diversas nomeações e premiações em diversos festivais de cinema internacionais, destacando-se o New Voice Prize, no Festival Internacional de Cinema de Cannes, na categoria Un Certain Regard, e a seleção pela Bélgica para a sua representação nos Óscares, em 2024, na categoria de melhor filme estrangeiro.O programa integra ainda um DJ SET de DIDI, membro fundador do Coletivo Afrontosas e da UNA-União Negra das Artes, inspirado pelo universo musical e visual de Baloji, promovendo o ambiente festivo com uma experiência musical que celebra o carácter multifacetado do artista e os cruzamentos artísticos, geográficos e temáticos que a exposição procurou convocar.

  • 19h – 21h: Projeção do filme “Augure” (2023) de Baloji, 15€, registo prévio.
  • 21h10-21h55: Q&A com Baloji e convidados
  • 22h – 24h: O evento terminará com DJ set (DIDI) inspirado no universo musical singular e inovador de Bajoli. Este evento especial oferecerá ao público a oportunidade de descobrir a fusão única de ritmos e influências do artista, que mistura hip-hop, música eletrónica e sonoridades congolesas.

Black Ancient Futures
reúne obras de 11 artistas da diáspora africana, alguns deles apresentados pela primeira vez em Portugal, que, através de diversas linguagens, propõem um vasto conjunto de narrativas e paisagens alternativas ao panorama dominante das artes contemporâneas. A potencialidade alternativa das obras convocadas para esta exposição permite especular sobre a possibilidade de um universo de espaços utópicos favorável a mudanças de pontos de vista, tanto sobre a justiça racial e histórica como sobre a hierarquia e geografia da criação contemporâneas.Baloji, April Bey, Jeannette Ehlers, Lungiswa Gqunta, Evan Ifekoya, Kiluanji Kia Henda, Nolan Oswald Dennis, Gabriel Massan, Jota Mombaça, Sandra Mujinga e Tabita Rezaire são os artistas participantes na exposição.

 

Baloji (República Democrática do Congo, 1978) vive na Bélgica, onde desenvolve trabalho em várias áreas. A sua obra parte de elementos da cultura congolesa e explora a ligação das suas tradições com as linguagens das vanguardas europeias. As questões do mundo contemporâneo são abordadas através de complexas narrativas centradas na identidade e na sua pluralidade. Baloji recorre ao realismo mágico e onírico para representar a sua visão sobre estes temas intensos de uma forma mais indireta, permitindo-se criar obras com caráter surrealista. As suas obras, quer sejam músicas, filmes ou outras, são reconhecidas pela utilização inovadora de máscaras e simbolismos africanos, cores e sons, ligados por sinestesia, para criar narrativas estimulantes e imersivas, para as quais convoca frequentemente símbolos tradicionais africanos e, em simultâneo, elementos modernos e futuristas, associando o familiar ao extraordinário.
Evento apoiado pela Embaixada da Bélgica em Portugal e a delegação Válonia-Bruxelas em Portugal

Data

13 Mar 2025

Hora

19:00 - 23:55

Localização

MAAT Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia
AVENIDA BRASÍLIA, CENTRAL TEJO | LISBOA 1300-598 LISBOA