AMADO / MALABY / FORMANEK / LENCASTRE

Estreia absoluta desta formação que reúne quatro músicos bem calejados e reconhecidos do panorama jazz mais interessante do agora e dos últimos anos. Essencialmente, um primeiro encontro entre os saxofones de Rodrigo Amado e Tony Malaby, o contrabaixo de Michael Formanek e a bateria de João Lencastre que nos deixa extremamente felizes e expectantes pelo acontecimento. Pela reunião destas quatro mentes livres em conluio não-hierárquico. Rodrigo Amado é figura sobejamente conhecida nesta casa, sendo também um dos mais importantes saxofonistas europeus da actualidade. Já com longo e louvável currículo, que remonta ao final da década de 80, por entre formações como o Rodrigo Amado Motion Trio, Wire Quartet e incontáveis colaborações, tem estado particularmente activo nos últimos anos com o seu quarteto com Joe McPhee, Kent Kessler e Chris Corsano – atente-se a ‘Let The Free Be Men’ de 2021 – o seu quarteto Northern Liberties, The Attic com Gonçalo Almeida e Onno Govaert ou o muito recomendável ‘Refraction Solo – Live at the Church of the Holy Ghost’, o seu primeiro disco a solo com edição no ano transacto pela Trost. Originário de Tucson no Arizona e presença bem activa e predominante do concorrido downtown Nova-Iorquino, Tony Malaby tem sido incansável no seu trajecto desde que se fincou na cidade que nunca dorme em 1995. Tendo-se estreado em nome próprio com ‘Sabino’ em 2000, foi amealhando inúmeras colaborações e formações com gente tão estimada como William Parker, Angelica Sanchez, Paul Dunmall ou Trevor Dunn, lapidando uma linguagem assente no post-bop mas livre de qualquer amarra auto-imposta para se espraiar por entre a improvisação livre fogosa ou a contenção do jazz mais cerebral com igual espírito, vontade e léxico. Outro grande, Michael Formanek cruza-se com Tony Malaby no seu Elusion Quartet e no Tony Malaby/Joey Sellers Quartet, estando também ambos intimamente ligados à música de Angelica Sanchez e Tim Berne. Vindo de São Francisco, o contrabaixista trilhou desde muito cedo, durante as décadas de 70 e 80, ao lado de lendas como Tony Williams, Stan Getz ou Freddie Hubbard, um percurso que continua ainda hoje pleno de vitalidade, em formações suas como o quarteto que mantém com Tim Berne, Craig Taborn ou Gerald Cleaver – com trabalho na ECM – ou o Michael Formanek Drome Trio e como parte integrante e fundamental da Mingus Big Band, Mary Halvorson’s Code Girl, Susan Alcorn Quintet ou o Uri Caine Ensemble. João Lencastre é, já para mais de duas décadas, um dos bateristas mais requisitados do burgo. De uma versatilidade pouco vista, tem igual mestria nos meandros do jazz mais clássico, da improvisação livre mais arisca, na electrónica e na pop. Sendo inevitável destacar todo o seu trabalho de líder no Communion Ensemble, tem colaborado com praticamente toda a gente que interessa do jazz luso – Sara Serpa, João Paulo Esteves da Silva ou Carlos Barreto – e reputados estrangeiros como David Binney, Bill Carrothers ou Noah Preminger. BS

ABERTURA DE PORTAS

21h00

PREÇOS

• Entrada – 8€