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Do digital para as ruas: o Skokka levou conexão, informação e respeito aos Santos Populares

Lisboa é uma cidade de cheiros, sons e encontros. No mês de junho, ela transforma-se: as ruas ganham cor, os bairros respiram tradição e o povo entrega-se ao que sabe fazer melhor — celebrar. Mas este ano, entre as sardinhas a pingar no pão e os brindes a ecoar pelas vielas, algo inesperado também marcou presença: uma campanha sobre prazer, prevenção e respeito.

Na noite de 13 de junho, o Skokka saiu do digital e apareceu onde a vida acontece — no meio do povo, durante os Santos Populares. E, ao contrário do que alguns poderiam imaginar, não foi com cartazes sérios nem com discursos complicados. Foi com leveza, simpatia e uma vontade genuína de criar conversa. Resultado? A ação foi recebida com uma naturalidade comovente.

Do digital para as ruas: o Skokka levou conexão informação e respeito aos Santos Populares

A conversa que faltava na festa que já diz tanto

Ao longo de mais de cinco horas, promotoras e coordenadores percorreram os bairros históricos da capital com um objetivo claro: falar de saúde sexual sem rodeios, sem vergonha, sem paternalismo. A abordagem foi tão simples quanto eficaz — t-shirts com mensagens diretas, distribuição gratuita de preservativos e brindes educativos, tudo com um sorriso e uma escuta atenta.

O público, por sua vez, respondeu com curiosidade e entusiasmo. Jovens, casais, grupos de amigas — todos se mostraram abertos ao diálogo. Foram distribuídos mais de 8.000 kits com informação clara sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Mas mais do que números, ficou uma sensação partilhada: finalmente alguém teve coragem de levar este assunto para a rua, sem moralismos e com bom humor.


Acompanhantes, escolhas e liberdade: o Skokka onde o mundo se encontra

Falar do Skokka é falar de liberdade. Mas também de escolhas, de desejos e, sobretudo, de respeito. A plataforma tornou-se conhecida por reunir milhares de anúncios de acompanhantes — e fá-lo com uma postura clara: a favor da privacidade, da autonomia e do bem-estar.

O que nem todos sabem é que o Skokka está presente em mais de 20 países, em quatro continentes, conectando pessoas de diferentes culturas e línguas, sempre com a mesma proposta: criar um espaço seguro para quem quer explorar o prazer de forma consciente. De Lisboa a Buenos Aires a marca aproxima realidades e dá visibilidade a um universo tantas vezes marginalizado, mas absolutamente legítimo.

E é por isso que ações como a dos Santos Populares fazem tanto sentido. Porque quem vive do encontro — seja virtual, seja presencial — sabe da importância de falar sobre proteção, consentimento e saúde. E sabe também que ser acompanhante, anunciar ou contratar um serviço deste tipo não elimina a necessidade de informação, de cuidados e de respeito mútuo. Pelo contrário.

Uma marca que ouve antes de falar

Talvez o mais marcante desta campanha não tenha sido a quantidade de preservativos distribuídos ou a presença visual. Foi a escuta. A disponibilidade da equipa para conversar sem pressa, para responder perguntas, para acolher dúvidas e partilhas sem julgamento.

Houve quem se aproximasse por curiosidade, quem risse com nervosismo, quem agradecesse em silêncio. Cada reação foi tratada com empatia. Porque o objetivo nunca foi convencer, mas sim abrir espaço para uma conversa que, durante anos, foi empurrada para os cantos escuros da sociedade.

E fazer isso no meio da festa, com música e gargalhadas à volta, mostrou que o prazer não tem de ser um assunto pesado. Pode (e deve) ser vivido com responsabilidade, mas também com alegria.

O que significa cuidar do prazer?

Cuidar do prazer é mais do que usar proteção. É saber os riscos, fazer escolhas informadas, sentir-se livre para dizer sim ou não. É reconhecer que cada corpo tem o seu tempo, as suas vontades e os seus limites. E é por isso que a campanha do Skokka foi tão importante — porque tratou o prazer como algo humano, digno e plural.

Em Portugal, ainda há um longo caminho a percorrer no que toca à educação sexual aberta, inclusiva e sem julgamentos. Mas noites como a de 13 de junho provam que o caminho já começou a ser traçado. E que há espaço, sim, para falar disto com frontalidade e carinho.

Rumo ao Porto: a próxima etapa desta viagem

Depois do sucesso em Lisboa, o Skokka não abranda. A próxima paragem será o São João, no Porto, a 23 de junho. A expectativa é levar a mesma energia, mas agora com o calor nortenho a puxar ainda mais pelas emoções.

A ideia é simples: repetir o gesto, adaptá-lo ao novo contexto e continuar a semear consciência — um kit, uma conversa, um sorriso de cada vez.

A missão? Manter o compromisso com a liberdade individual, com a informação acessível e com a presença onde ela realmente importa. Afinal, se a sexualidade está nas ruas, nas festas e nas relações do dia a dia, por que haveria a saúde sexual de ficar escondida?

Mais do que uma campanha, um movimento

A ação do Skokka nos Santos Populares foi um gesto simbólico, sim. Mas foi também um manifesto: de que é possível comunicar sem ofender, provocar sem chocar e informar sem aborrecer. Que é possível cuidar do outro com humor e carinho. E que há espaço para todos, inclusive para quem está fora do “convencional”.

Num mundo cada vez mais marcado por discursos extremos e moralismos travestidos de preocupação, a postura do skokka.pt é refrescante. É inclusiva, corajosa, respeitosa — e, acima de tudo, real.

Do digital para as ruas: o Skokka levou conexão, informação e respeito aos Santos Populares

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