Os Encantos Marítimos de Lisboa: Parques, Praias e Tudo Mais
Lisboa é uma das poucas capitais europeias que fica junto ao mar. Em contacto direto e permanente com o rio Tejo, mas sempre com uma janela sobre o Atlântico, Lisboa é um mundo de oportunidades para os amantes do mar. Uma viagem pela nova forma como a cidade vive as águas que a banham.
Em Lisboa, nunca se está a mais de dez minutos do mar. A cidade, que cresceu como o principal porto comercial de Portugal, espraiou-se sempre junto ao Tejo. A partir de qualquer ponto mais elevado da cidade, é possível contemplar o rio que desagua no oceano Atlântico.
A própria história da capital portuguesa nos alerta para esse facto: era de Lisboa que partiam as caravelas dos Descobrimentos rumo ao mundo desconhecido.
Nos dias de hoje, porém, Lisboa abraça o rio como nunca o fez e são cada vez mais os espaços verdes e comerciais e os empreendimentos que recebem a brisa do Tejo e criam espaços de lazer e habitacionais para desfrutar do pedaço azul da cidade.
Morar Junto ao Rio
Nos últimos anos, têm surgido cada vez mais empreendimentos para viver junto do rio. Zonas de Lisboa outrora esquecidas e desaproveitas, como Alcântara, Parque das Nações ou Braço de Prata, foram revitalizadas através do mercado de arrendamento e do dinamismo conferido por sites como o da Rentola Portugal.
O movimento de aproximação ao rio e de aproveitamento da vista sobre o Tejo é bem notório e foi muito impulsionado também pela procura de milhares de estrangeiros que se mudaram recentemente para a capital. A frente ribeirinha que vai de Belém ao Oriente é hoje uma das mais concorridas para construir, comprar ou arrendar casa.
Passear Junto ao Rio
Outra transformação de Lisboa foi também a criação de inúmeros espaços de fruição do rio.
Fenómeno particularmente vincado nos últimos anos, foram recuperados ou criados de raiz novos espaços e equipamentos culturais, sociais ou de lazer.
A zona de Belém é o melhor exemplo desta nova dinâmica. A zona que envolve o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém e que se estende até Alcântara foi alvo de uma intervenção que lhe mudou completamente a face.
A zona mais junto ao rio tomou a forma de um parque verde, fechado ao trânsito, onde famílias, grupos de amigos e desportistas se juntam para usufruir da vista sobre o Tejo e sobre a outra margem. Além disso, foram criados o MAAT e o novo Museu dos Coches, que se juntaram ao Museu da Eletricidade, para criar um polo cultural na zona.
Mais a oriente, a requalificação da Ribeira das Naus e do Terreiro do Paço criou mais um espaço de ligação da cidade ao Tejo. Este ponto de passagem obrigatório para todos os visitantes contemporâneos da cidade e local histórico de chegada dos antigos visitantes ganhou um novo ar, mais limpo, mais virado para as pessoas.
Navegar no Tejo
Prova do fortalecimento recente desta ligação antiga dos lisboetas e dos seus visitantes ao Tejo é a pujança de um setor de negócio que, ainda há poucos anos, era meramente residual: os passeios de barco no rio.
Com embarcações, horários e programas para todos os gostos e bolsos, são às dezenas as oportunidades de navegar no Tejo. Dos passeios com almoço ou jantar, do nascer ao pôr do sol, sozinho ou em grupo, com ou sem copo de vinho, a motor ou à vela, desfrutar da brisa que vem do mar é um programa que atrai turistas e habitantes.
Mergulhar no… Oceano
Apesar de convidar a um mergulho, sobretudo nos dias mais quentes, o Tejo não tem condições para banhos estivais. A corrente é demasiado forte e, apesar de significativas melhorias, a água, cada vez mais limpa, ainda não é própria para banhos.
No entanto, e abrindo os horizontes, é fácil descobrir vários paraísos de areia branca e mar esmeralda bem próximo de Lisboa. Seja a norte ou a sul da capital, são várias as praias que permitem aos lisboetas ir e vir de uns mergulhos em pleno oceano Atlântico no mesmo dia. Muitos deles, inclusivamente, acessíveis de transportes públicos.
As praias da Ericeira, Mafra ou Sintra ou de Carcavelos, Caparica e Arrábida a sul são todas acessíveis a partir da capital e ficam a pouco menos ou, no máximo, a pouco mais de uma hora de caminho. Opções não faltam e formas de lá chegar também não.
Lisboa, Cidade do Mar
Lisboa é uma cidade crescentemente virada para o rio que a viu nascer. No entanto, não deixou nunca de ter uma vocação atlântica, sempre aberta para o oceano e para o mundo. Esta dupla identidade parecia ter esmorecido um pouco nas últimas décadas, mas é hoje claro que se assiste a um reviver dessa forma de entender a cidade.
Os últimos tempos trouxeram a recuperação da identidade lisboeta enquanto cidade do mar, vincadamente marítima e ribeirinha, que parece ter vindo para ficar e que tudo indica que só sairá reforçada nos próximos anos.
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