
Quo Vadis Europa: Justiça Interseccional
Interseccionalidade é um termo que descreve a interação de vários mecanismos de opressão. A justiça interseccional significa combater a discriminação dentro da discriminação, visualizar e abordar as desigualdades dentro das desigualdades e proteger e capacitar as minorias dentro das minorias.
Do discurso histórico de Sojourner Truth, “Não serei eu mulher?”, ao pensamento de Kimberlé Crenshaw, que cunhou o termo interseccionalidade, os feminismos negros revolucionam cânones, desde a sua génese, no combate aos sistemas de opressão.
Na Alemanha, essa força de mudança está bem presente no trabalho de Emilia Zenzile Roig, que fundou o Centro para a Justiça Interseccional. Em Portugal, as investigações da socióloga Cristina Roldão trazem luz sobre a presença negra no país, permitindo desocultar apagamentos e silenciamentos históricos.
Ambas com abordagens que se inscrevem na luta anti-racista, Emilia e Cristina juntam-se no próximo dia 29 de Novembro, às 19h, no auditório do Goethe-Institut, em Lisboa, para uma conversa inédita sobre justiça interseccional.
Mais do que um conceito inovador, como se promove na prática esta ideia de justiça? É possível falar de justiça social sem falar de interseccionalidade, e quais são as formas de lidar com ela em Portugal e na Alemanha? O encontro será moderado pela jornalista Paula Cardoso.
Quo Vadis Europa: Justiça Interseccional