O QUE FAZER DAQUI PARA TRÁS | JOÃO FIADEIRO

Dança

Classificação: M/12 anos

Notas: Preço especial de 50€ na compra dos 6 espetáculos deste ciclo.

Sessões:

• 05 de julho de 2024 (sexta-feira), 19:00
• 06 de julho de 2024 (sábado), 19:00

Local: Centro Cultural de Belém – Black Box, Lisboa
Preço: 12,00€

Descrição

Ciclo DAR CORPO

Em muitos dos objetos artísticos de João Fiadeiro, emergem operações onde o tempo circular é percebido pelo observador através do desvendamento de um processo contínuo: a escrita retroativa de um passado que só se materializa após ser confirmado por uma ação futura. Este mecanismo, que geralmente passa despercebido devido à nossa tendência de organizar os acontecimentos de forma linear, tem sido um lugar de exploração privilegiada para Fiadeiro em muitas de suas peças.

Em O que fazer daqui para trás, João Fiadeiro explora o tempo – duracional, suspenso, intervalar – enquanto foca sua atenção naquilo que permanece, no que foi esquecido, no resto. O “resto” cria “vazio”, sendo a prova da ausência de uma presença, ou melhor, a presença de uma ausência. É no “resto” que encontramos os traços e rastros para iniciarmos a impossível tarefa de reconstruir o mundo, repetidamente. O resto é também o que está entre o corpo e “a presença do outro no corpo”, uma fuga permanente para o que ainda não é, para o que as coisas podem se tornar.

O que fazer daqui para trás posiciona-se entre a dúvida e a possibilidade. Onde o não-dito é mais importante do que o que é dito, onde a ausência se sobrepõe à presença e onde o drama não vem do teatro, mas do que os corpos – dos performers e dos espectadores – podem (e têm, e trazem). A sombra indica a presença da luz, o silêncio a presença do som e a ausência a presença do acontecido. Da sombra, do silêncio e da ausência, é disso – para quem se pergunta – que esta peça é feita.

Estreado a 11 de novembro de 2015 no Maria Matos Teatro Municipal, em Lisboa.

O ciclo DAR CORPO integra o projeto INTROSPECTIVA, de João Fiadeiro, patente no MAC/CCB até 22 de setembro.

Ficha Artística

• Conceito e direção: João Fiadeiro
• Cocriação e performance: Adaline Anobile, Carolina Campos, Márcia Lança, Julian Pacomio, Ivan Haidar e Daniel Pizamiglio
• Desenho de luz original: Colin Legras
• Direção técnica e atualização de desenho de luz: Leticia Skrychy
• Produção: RE.AL (Lisboa)
• Coprodução: Maria Matos Teatro Municipal (Lisboa) / Teatro Municipal do Porto – Rivoli
• Apoio à internacionalização: Fundação Gulbenkian e Fundação GDA
• Apoio institucional: Câmara Municipal de Lisboa
• Residências artísticas: Arquipélago / Centro de Artes Contemporâneas (Açores), Santarcangelo Dei Teatri (Itália) e Atelier Real (Lisboa)

Promotor

Fundação Centro Cultural de Belém