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NEGENTROPIA | ópera pós-techno de Hugo Paquete

NEGENTROPIA | ópera pós-techno de Hugo Paquete

O Lisboa Incomum recebe o projecto NEGENTROPIA, uma ópera pós-techno de Hugo Paquete a produzida pela Absonus Lab – Produção Musical, Música Contemporânea.
A entrada é gratuita, mediante reserva para [email protected]
Sinopse:
Entre num universo disruptivo onde um último homem pensa, como delírio, os seus restantes dias, procurando uma revelação no seu fôlego terminal, como forma extravagante de sobrevivência numa terra radical e árida de fragmentos colapsados, outrora símbolos da monumentalidade tecnológica, do poder e progresso civilizacional. Elementos apagados na erosão do tempo contemporâneo deste último homem, como poeira cósmica onde persiste o seu desejo de sobrevivência.
Esta obra, dirigida e concebida por Hugo Paquete, apresenta-nos um universo pós-apocalíptico distópico, onde a música eletrónica, ruído e interação se unem em 5 atos onde se explora o lugar e circunstância da existência num último suspiro, o fim de um homem num deserto austero eletrónico como nuvem pós-apocalíptica, onde a existência colapsa em loucura e asfixia. Inspirada nas obras do compositor Jani Christou, NEGENTROPIA recria e expande as composições Anaparastasis I: The Baritone (1968) e Anaparastasis III: The Pianist (1968), elevando a sua experiência a novas intensidades, contextualizando-as numa meta-dramaturgia sonora, visual e cénica, com recurso a improvisação e programações de leituras de co2 para som, numa catarse como suspensão da tragédia humana e tecnológica.
Esta peça, desenvolvida em formato site-specific para a cúpula do planetário do Porto, apresenta conteúdos em vídeo 3D, criados por Julius Horsthuis, e som espacializado para oito canais de áudio, transportando os sentidos para um mundo dissonante de ritmo e ruído.
O formato apresentado no Lisboa Incomum é uma adaptação do projeto.
No palco, contamos com o barítono Rui Baeta que personifica “o último homem”, acompanhado por manipulações eletrónicas de Hugo Paquete. Somando, ainda, a participação especial de músicos convidados para as diferentes apresentações, tais como Pedro Carvalho e Ianina Khmelik no violino, e Cláudio de Pina no sintetizador e programações, presente na performance do Lisboa Incomum.
Este projeto conta ainda, com uma equipa de atores, performers e geradores de ruído na sua versão integral, tais como: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha e Rodrigo Guimarães – assumem o papel de ecos humanos, evocando memórias de uma humanidade perdida entre o passado e o futuro.
Exploramos neste projeto os conceitos: ecologia radical, astronomia, ciência, misticismo e morte, tradições imaginárias e misteriosas para se desvendar os limites do eu perante o abismo. Procura-se, assim, partir do ritual catártico tecnológico, da voz em cena, onde o mito, o transcendente, o primordial e o ritual moldam o pânico e a histeria como conceitos operativos diante do apocalítico, numa abordagem estética de cruzamentos disciplinares e disruptiva.
O projeto é financiado pela Direção Geral das Artes (Dgartes) e pela República Portuguesa / Cultura. Conta também com o apoio institucional das seguintes entidades: Planetário do Porto, Centro Ciência Viva, Lisboa Incomum, Escola Superior Artística do Porto (ESAP), Universidade do Algarve, Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC), Artech Internacional, ACE: Teatro do Bolhão, LTK4: Center Court Festival, Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural, e Museu da Música Mecânica.
Garanta o seu lugar nesta experiência única e descubra os limites da existência humana num mundo à beira do abismo.
Explore um universo pós-apocalíptico em NEGENTROPIA: O Último Homem na Terra Devastada, uma experiência operática pós-techno dirigida por Hugo Paquete.
Outras informações aqui e aqui.